Teste do Age of Empires IV: o rei do RTS realmente merece uma guarda de honra?

    Teste do Age of Empires IV: o rei do RTS realmente merece uma guarda de honra?Se até agora cada episódio da série dizia respeito a um novo período histórico, Age of Empires IV opta pela segurança e nos oferece um retorno à Idade Média, tomando assim o exemplo do amado Age of Empires II. Pendente de expansões futuras, o jogo oferece atualmente oito civilizações jogáveis. Você poderá, portanto, incorporar os ingleses, os chineses, a dinastia abássida, os franceses, os mongóis, os russos, o Sacro Império Romano e o Sultanato de Delhi. Cada uma dessas facções tem algumas características próprias, seja em termos de estatísticas, unidades ou construções. A dinastia abássida colhe bagas mais rápido do que a média, mas não pode caçar javalis, as paliçadas da Rus são mais fortes, as tecnologias da economia francesa custam menos, os chineses constroem seus edifícios mais rapidamente etc.

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    A civilização que mais se destaca é, sem dúvida, a dos mongóis, pois é a única a jogar de maneira realmente diferente. Para traduzir sua natureza nômade na jogabilidade, os desenvolvedores de fato deram a possibilidade de mover todos os seus edifícios. Basta dizer que no multiplayer, muitos jogadores preferem este campo. O solo é articulado em torno de quatro campanhas independentes: a conquista normanda, a Guerra dos Cem Anos, o Império Mongol e a Ascensão de Moscou. Naturalmente muito mais roteirizado do que um jogo de escaramuças, as diferentes missões também nos dão o controle de algumas figuras heróicas (William the Conqueror, Joan of Arc, Genghis Khan, etc.) com habilidades especiais. Geralmente é muito agradável jogar todos esses eventos históricos, graças aos mapas bem pensados, aos objetivos claros, ao manuseio imediato e a uma progressão didática que não esquece os novatos do gênero. Mas surpreendentemente, é o revestimento das missões que é o mais atraente.

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    UMA BOA LIÇÃO


    Teste do Age of Empires IV: o rei do RTS realmente merece uma guarda de honra?Assim, o contexto histórico é sempre explicado corretamente. Mesmo os mais alérgicos à história entenderão as diferentes questões. Esta narração eficaz é ainda mais educativa, pois usa cenas cinematográficas soberbas para apoiar seu ponto. Disponíveis em resolução 4K, se desejar, esses vídeos incorporam as silhuetas digitais dos lutadores do passado nos cenários reais do nosso tempo. Extremamente elegante, este processo reforça a ligação com o passado e o interesse que se pode sentir pelos acontecimentos descritos nas campanhas. Para fortalecer ainda mais o aspecto educacional do jogo, a progressão solo permite desbloquear vídeos documentais reais. Assisti-los é completamente opcional, mas você estaria errado em ignorá-los, porque eles são curtos e bem feitos o suficiente para nunca causar tédio. Essa preocupação em ancorar Age of Empires IV na realidade também se encontra nas vozes de aquiescência das unidades, que se expressam na linguagem do período. Lance um cavaleiro normando para atacar as tropas inglesas e ouça-o declamar algo como "enfraqueça o anemi!" não falta sabor. A atenção aos detalhes é levada ao ponto de fazer com que as réplicas evoluam de acordo com o avanço de nossa civilização. Com o tempo, entendemos cada vez melhor as interjeições de nossos soldadinhos e camponeses.

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    UM JOGO DE MEIA IDADE?

    Teste do Age of Empires IV: o rei do RTS realmente merece uma guarda de honra?A saga tendo ido para 3D em 2005 por ocasião do terceiro episódio, o quarto naturalmente continua neste caminho. Os gráficos suportam 4k, não faltam detalhes, são bem bonitinhos e tem o bom gosto de se manter legível em todos os momentos, inclusive nas lutas mais populosas. Mas não espere mesmo assim tirar os olhos cheios. O aspecto visual é inconfundivelmente limpo, mas permanece clássico e nunca realmente impressionante. A jogabilidade também segue o caminho do classicismo e não muda muito da fórmula original. As unidades mais uma vez seguem um padrão de "pedra, papel e tesoura", e sempre temos que evoluir nossa civilização de uma era para outra (idade das trevas, era feudal, era do castelo e era imperial). A Microsoft e a Relic Entertainment também escolheram o caminho da segurança para relançar a franquia. Estamos em um RTS puro "antiquado", modernizado na forma, mas não na mecânica. Afinal, torna mais fácil para os jogadores antigos encontrarem seus pés e para os novos desfrutarem de uma jogabilidade comprovada. É lamentável, no entanto, que nenhum progresso real em termos de inteligência artificial esteja sendo sentido. A IA, de fato, continua a ter um comportamento questionável às vezes, os inimigos às vezes soam a retirada sem motivo ou chegam em pequenas ondas muito pequenas para constituir uma ameaça real. Outra falha, mais anedótica no entanto: é impossível mudar a orientação dos edifícios antes de colocá-los no mapa. Os amantes de cidades bonitas e bem alinhadas estarão às suas custas.



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