Test Partisans 1941: um tributo imperfeito, mas valente, à série Commandos

    Test Partisans 1941: um tributo imperfeito, mas valente, à série Commandos

    Estamos em junho de 1941, quando o exército alemão acaba de entrar no solo da União Soviética e derruba várias cidades. Capitão Zorin é feito prisioneiro e imediatamente enviado para um Dulag. Tentando de tudo por tudo, o oficial russo conseguiu escapar. E é aí que o jogador assume o controle do personagem. Descobrimos então com prazer que estamos lidando com um fiel emulador dos Commandos e outros Desperados, que não esquece nenhum dos fundamentos do gênero. Assim, nos encontramos controlando vários heróis simultaneamente, os movimentos e as lutas ocorrendo em tempo real. Mas a ênfase está principalmente na infiltração, e passamos a maior parte do tempo tentando isolar este ou aquele guarda para criar uma brecha nas defesas adversárias. Existem muitas ferramentas para isso, começando pela exibição do cone de visão dos inimigos. É possível se esconder em arbustos, adegas ou armários, todos esses esconderijos também podem acomodar os cadáveres de nossos inimigos, para que seus colegas não caiam sobre eles e não acionem o alerta.



    Não hesitaremos nem em atirar pedras para distrair um guarda, nem em deixar cair uma garrafa no chão para atrair outra, nem em apagar as luzes para que um incauto venha verificar o disjuntor. Armadilhas ambientais, por outro lado, servem para fazer nossos assassinatos parecerem acidentes. Nunca se está a salvo de um caminhão mal travado sendo consertado, de uma cantina militar mal arrumada ou de uma pilha de toras instáveis... Mas para se livrar de uma patrulha também é permitido usar da maneira mais difícil. Ou covardemente, colocando uma mina no chão, ou diretamente com granadas e tiros. Para este último, é quase imperativo se proteger, porque sem ele nossos soldados perecem em poucos segundos. Apesar da presença de um modo tático que retarda o tempo e permite coordenar várias ações, o nível geral de dificuldade é muito alto. Além disso, os desenvolvedores recomendam fortemente o modo fácil para um primeiro jogo. De nossa parte, jogamos normalmente, e podemos confirmar que sofremos e multiplicamos as defesas rápidas.

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    O CAMPO DE FÃS

    O jogo oferece oito heróis ao todo, sabendo que geralmente controlamos quatro de cada vez. Cada um deles tem uma árvore de habilidades que inclui talentos genéricos e um ou dois talentos especiais. Assim, Zorin é adepto de atirar faca, Valya de clorofórmio, Trofim de tiro de chumbo e Sanek de disfarce. Morozov pode assobiar para atrair guardas, Nikitin pode pegar um para usar como escudo humano, enquanto Fetisov e Belozerova podem derrubar vários ao mesmo tempo com uma rajada de metralhadora ou tiro de pistola, respectivamente. Entre duas missões, o jogo nos oferece uma pequena fase de gerenciamento em uma sede. Você pode construir uma cozinha, uma tenda médica ou até mesmo uma oficina neste acampamento, apenas para fazer granadas, bandagens ou comida. Um sistema de lesões e gerenciamento de moral, com várias penalidades e bônus, enriquecem ainda mais a experiência. E ainda por cima, podemos atribuir diferentes tarefas aos nossos heróis, que são todas missões automáticas cujo resultado depende de uma porcentagem de sucesso. Existem alguns simples (enviar um único personagem para colher cogumelos garante um resultado de 100%) e outros mais arriscados e recompensadores (apenas 75% de chance de sucesso com três heróis no trabalho, mas ganho de experiência e itens raros se for bem-sucedido). Por fim, este acampamento também serve a história graças a alguns diálogos, não interativos, mas que reforçam a atmosfera. Além disso, a atmosfera geral do jogo é muito agradável. A Segunda Guerra Mundial é ainda mais interessante do lado russo, raramente tratada em videogames. E este contexto permite-nos tomar-nos por verdadeiros combatentes da resistência, uma vez que nos leva a destruir tanques, pontes e estações ou mesmo impedir a execução de guerrilheiros. Menção especial para a missão da prisão e da estação Krasnoselskaya, que oferecem mapas grandes e bem feitos. A atmosfera é tanto mais bem sucedida quanto os guardas falam alemão, inclusive nas legendas (e muito ruim para quem tomou espanhol como segunda língua na faculdade).

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    50 TONS DE CINZA E MARROM

    Se os personagens do jogo são fictícios, sentimos que os desenvolvedores queriam respeitar ao máximo os eventos passados ​​e sua gravidade. Infelizmente, essa escolha também se reflete na direção artística, que nos leva por toda a paleta de cinzas e marrons. Isso acaba sendo completamente consistente com a representação que temos desses anos sombrios, mas o resultado ainda nos parece um pouco maçante. Especialmente porque a modelagem relativamente simples dos personagens não compensa isso. Além disso, o jogo se passa quase inteiramente no outono, o que não traz mais variedade em termos de cores. Apenas a última missão ocorre na neve... mas novamente o cinza prevalece. Para além destas considerações estéticas, é sobretudo o acabamento e o aspecto técnico que escurecem ligeiramente a imagem. O gerenciamento de inventário está longe de ser o ideal (depois de terminar o jogo, ainda estamos tentando descobrir exatamente como funciona a ferramenta para comparar duas armas…), enquanto o pathfinding de heróis merece ser reformulado. Não recomendamos que você confie neles para ir do ponto A ao ponto B sem supervisão! Eles tendem a passar pelas áreas de visão dos guardas de forma um pouco consistente demais. Mesmo abrir uma porta simples às vezes os incomoda, e você precisa fazer isso várias vezes (nosso conselho: não clique na porta, mas diretamente no chão da sala para onde você quer ir). Por fim, o jogo está sujeito a vários e variados pequenos bugs, desde anedóticos (mensagem do tutorial que aparece logo antes dos créditos finais) até enfurecedores (alerta acionado sem qualquer motivo válido). E ainda tivemos várias falhas claras e limpas, com feedback direto no Windows. Como você deve ter entendido, Partisans 1941 é agradável em substância, mas imperfeito do ponto de vista técnico. Alter Games é um pequeno estúdio formado por apenas vinte pessoas, o que pode explicar isso. Felizmente, eles parecem ouvir os jogadores desde que um primeiro patch já surgiu.

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