Teste Shady Part of Me: a boa surpresa deste final de ano

    Nesta Parte Sombria de Mim, uma garotinha sem nome, sem rosto e com medo da luz se une à sua própria sombra em cenários obviamente tirados de sua imaginação. O primeiro se move em um universo 3D, enquanto o outro avança em um plano 2D. Essas duas entidades podem estar intimamente ligadas, mas evoluem independentemente uma da outra. O jogador pode, portanto, mudar da menina para a silhueta como achar melhor, o controle de uma não tem impacto direto na outra. Para simplificar: a sombra não está absolutamente ligada à menina. O level design ainda nos impede de separá-los demais, pois as duas “heroínas” devem cooperar constantemente para poder avançar nos sets. Se a morte os espera potencialmente na virada (uma menina que se encontra na luz ou uma sombra que se depara com silvas), isso nunca é um problema porque é possível retroceder o tempo e, portanto, a ação, a qualquer momento. momento.

    Teste Shady Part of Me: a boa surpresa deste final de ano

    Este princípio, já visto em outros lugares, mas ainda não difundido o suficiente, é muito mais agradável e prático do que um ponto de salvamento tradicional. Ele permite encadear os testes à vontade, sabendo que a jogabilidade do jogo se concentra principalmente em quebra-cabeças baseados em sombra e luz. Por meio de vários mecanismos, geralmente é necessário modificar o ambiente 3D de forma a remodelar o terreno 2D e, assim, abrir uma passagem para nosso duplo achatado. Mas às vezes caberá à silhueta ativar certas alavancas para facilitar o progresso da menina que, lembramos, é totalmente incapaz de andar na luz. Shady Part of Me não hesita em brincar com perspectiva, orientação e múltiplas fontes de luz para sempre enriquecer seus quebra-cabeças. Estes últimos permanecem sempre bem calibrados, sendo os mais complexos reservados para a recolha opcional de pássaros, feitos de papel no mundo "real" ou de sombra no plano 2D.


    Teste Shady Part of Me: a boa surpresa deste final de ano





     

    MOSTRE-ME O SEU LADO ESCURO

    Dito isto, o sucesso do jogo é pelo menos tanto sobre sua atmosfera quanto sua jogabilidade. O universo, infantil e perturbador, lembra Alice no País das Maravilhas, bem como Limbo ou Inside. Salas repletas de brinquedos gigantes, dormitórios e outras feiras são ambientes ainda mais perturbadores porque as sombras nem sempre correspondem exatamente ao que deveriam ser. Assim, uma simples dobra de papel em forma de barco projetará uma sombra equipada com um mastro e uma vela, enquanto um pato de borracha se transformará em uma silhueta animal realista. A narração, deliberadamente misteriosa, ocorre não só pelos diálogos entre a menina e sua sombra, mas também, de forma muito elegante, pela exibição de palavras ou frases sobrepostas aos enfeites. Além disso, quer optemos por jogar com vozes inglesas ou francesas, só podemos ser convencidos pela atuação das atrizes (Hannah Murray para a versão internacional, Cindy Lemineur para o VF). Quanto à trilha sonora, tem inteligência e sutileza para dividir. Entenda por isso que ao passar da menininha para sua silhueta, e vice-versa, temos direito a uma orquestração um pouco diferente da peça atual. Shady Part of Me é, portanto, um pequeno jogo indie muito agradável. Obviamente, sempre podemos culpá-lo por sua falta de escopo, já que cinco a seis horas são suficientes para completar a aventura. No entanto, é possível prolongar significativamente essa vida útil indo em busca das poucas centenas de pássaros escondidos no cenário ou atrás de quebra-cabeças bastante difíceis. Por fim, nosso maior arrependimento (e ainda não é muito forte) diz respeito à ausência de um modo cooperativo local, que permitiria que um jogador controlasse a garotinha e o outro sua sombra.

    Teste Shady Part of Me: a boa surpresa deste final de ano



    Adicione um comentário do Teste Shady Part of Me: a boa surpresa deste final de ano
    Comentário enviado com sucesso! Vamos analisá-lo nas próximas horas.