Teste de Pokémon Arceus Legends: finalmente algum renascimento, mas não é bonito

    Teste de Pokémon Arceus Legends: finalmente algum renascimento, mas não é bonitoArceus é um Pokémon Mítico que se acredita ser o criador da região de Sinnoh, anteriormente conhecida como Hisui. É também nesta versão histórica do território que o deus que dá nome ao jogo opta por transportar um jovem adolescente, graças a uma falha espaço-temporal. Este herói, ou esta heroína, é obviamente o avatar do jogador, que poderá assim tirar partido de um contexto relativamente diferente do dos episódios clássicos. A era moderna dá assim lugar a uma época passada, onde a metrópole Féli-Cité, bem conhecida dos fãs da saga, ainda é apenas uma aldeia em construção, criteriosamente chamada Rusti-Cité. Além das primeiras roupas do personagem principal e seu smartphone "Smarceus" que serve de guia, nenhum elemento moderno é exibido na tela. As habitações são feitas de madeira e pedra, a natureza é próspera e até as Pokébolas são feitas de seixos e bagas Noigrumes. Interessante esteticamente, este período também nos dá a oportunidade de conhecer habitantes que ainda não conhecem os Pokémon, e que muitas vezes até têm medo deles.

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    Isso é bastante refrescante e quase constituiria um verdadeiro retorno ao básico, já que o objetivo final do herói é simplesmente completar o primeiro Pokédex da região. No entanto, os principais princípios da série permanecem inalterados. A aventura, portanto, começa com um encontro com um professor (Professor Lavender neste caso), que sugere que peguemos três Pokémon (Brindibou, Héricendre e Moustillon) e escolhamos um deles como nosso primeiro companheiro. Você pode imaginar o que vem a seguir: lutas, capturas, tarefas da Pokédex para completar, missões principais e secundárias para realizar, dinheiro e pontos de pesquisa para coletar e classificações de experiência para ganhar. Observe que o Clã Diamante e o Clã Pérola desempenham um papel especial no cenário, selando assim definitivamente o vínculo entre este episódio e as obras da quarta geração.





     

    ABERTURA, GARANTA

    Teste de Pokémon Arceus Legends: finalmente algum renascimento, mas não é bonitoOnde Arceus se destaca mais dos episódios clássicos é no design de níveis, que está de olho no lado do mundo aberto. Mesmo que não se trate de um terreno gigantesco feito de apenas um quarteirão, as promessas de abertura continuam mantidas. De fato, temos direito a um mundo semiaberto, composto por uma cidade principal que serve como hub e cinco vastas regiões independentes, como um Monster Hunter. Esse ambiente permite o uso de montarias, oferece pontos de viagem rápida e está repleto de recursos para coletar, que por si só incentivam a fabricação de vários objetos. Colecionadores malucos podem passar horas procurando por 107 chamas estranhas espalhadas pelas diferentes regiões, enquanto um objeto perdido para pegar mecânico traz um pequeno componente online. Em caso de "morte" do herói, parte de seu inventário desaparece e se transforma em um pacote que pode ser recolhido por outros jogadores. Devolver um pacote ao seu proprietário ganha pontos de boas ações, que podem ser trocados por novos itens. Poké Mounts também estão disponíveis para simplificar a exploração. Cerbyllin oferece passeios rápidos, Ursaking pode desenterrar tesouros, Paragruel supera a impossibilidade de nadar e, portanto, permite a navegação na água, Farufrex possibilita escalar penhascos íngremes e Gueriaigle atua como uma montaria voadora. Tudo isso é muito bom e muito útil! Mas o elemento que mais se beneficia da exploração livre é certamente, e simplesmente, a caça de Pokémon.



    Em primeiro lugar, estamos livres de encontros surpresa, cuja presença ainda lamentamos há apenas dois meses durante nosso teste Sparkling Diamond e Sparkling Pearl. A partir de agora as criaturas são exibidas permanentemente na tela, o que permite evitar os mais perigosos, desprezar aqueles que não são necessários, encontrar nossos alvos favoritos com mais facilidade e, acima de tudo, não sofrer o surto de lutas inesperadas e excessivamente repetitivas. A captura é feita de forma muito natural, mirando com o manípulo direito e lançando a Pokébola com o gatilho certo (os jogadores engraçados que quiserem também podem ativar a função giroscópio nas opções). As fases de aferição são enriquecidas pela possibilidade de agachar e esconder-se na grama alta. Isso permite que você surpreenda o Pokémon e, portanto, tire vantagem em caso de captura ou luta, especialmente se você conseguir tocá-los pelas costas.

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    HISUI, EU FIQUEI LÁ

    Teste de Pokémon Arceus Legends: finalmente algum renascimento, mas não é bonitoAs lutas acontecem sempre turno a turno, e de uma forma bastante clássica (diferentes habilidades, afinidades de acordo com os diferentes tipos, equipe de seis Pokémon, multi-exp, etc.). Um pouco de liberdade extra ainda nos é oferecido, pois é possível mover nosso herói em tempo real durante o confronto, para obter uma melhor visão da batalha. Outra novidade diz respeito à possibilidade de mudar o estilo de certas habilidades em tempo real, em troca de alguns pontos de poder adicionais. O estilo rápido avança a posição do conjurador na ordem de ação, mas diminui o poder da habilidade enquanto, inversamente, o estilo poderoso aumenta o poder da habilidade e move a posição do conjurador de volta na ordem de ação. Podemos passar sem usar este sistema, mas este pequeno suplemento tático é bem-vindo. Entre outras coisas durante os encontros com Pokémon Barons, que são criaturas difíceis de capturar, muito maiores que o normal, com olhos vermelhos e habilidades raras. O jogo também nos coloca na frente de alguns Pokémon Monarca enfurecidos. Essas fases acontecem essencialmente em tempo real e nos obrigam a reduzir o medidor de frenesi da criatura com bolas pacificadoras. Uma boa mira e um bom domínio do comando de esquiva são, portanto, necessários aqui. Uma dose de ação por turnos ainda é relevante, pois é possível enviar uma Bola parceira de tempos em tempos para desencadear uma luta clássica que, em caso de vitória, deixará o Monarca indefeso e aumentará o efeito de pacificação bolas. Finalmente, observe que o mundo semiaberto nos dá a oportunidade de explorar distorções espaço-temporais de tempos em tempos, cujas aparências são aleatórias e limitadas no tempo. Essas áreas perigosas obviamente contêm Pokémon e objetos particularmente raros.

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    CHEGOU A HORA DA AVALIAÇÃO TÉCNICA, E TEM!

    Teste de Pokémon Arceus Legends: finalmente algum renascimento, mas não é bonitoCom Arceus, pode-se, portanto, pensar que a saga Pokémon está melhorando e se modernizando. É inteiramente verdadeiro em substância, mas tão falso na forma. Mas antes de abordar a questão dos gráficos (porque é aí que o sapato aperta), vamos resolver o caso do ambiente sonoro. Se alguma música permanece de qualidade, o jogo regularmente sobrecarrega a atmosfera com passagens quase silenciosas. Deve-se dizer que os diálogos não são dublados de forma alguma, nem mesmo por "iogurte" ou pequenos efeitos sonoros escondendo miséria.De uma forma um pouco mais anedótica, os menus nos pareceram perfectíveis. Eles teriam se beneficiado de serem organizados com um pouco mais de lógica e praticidade. Mas é de fato o aspecto visual que mais nos chocou. Recortes, espelhos sem reflexos, folhas de relva de rara feiúra, interiores demasiado vazios (oi, velhas ruínas que parecem simples galpões...), texturas repetitivas e/ou em baixa resolução respondem assim ao 'chamado'.

    Teste de Pokémon Arceus Legends: finalmente algum renascimento, mas não é bonito

    Qualquer coisa a ver com os personagens humanos não é muito melhor, já que somos tratados com rostos de Playmobils desprovidos de animações reais, com o jogo basicamente apenas alternando abruptamente entre diferentes formas de olhos e bocas para tentar transmitir emoções. Quanto aos NPCs da aldeia, que são particularmente estáticos, eles permanecem muito sábios em seus lugares para serem críveis. Esta triste observação é ainda mais surpreendente, já que os próprios Pokémon estão indo muito bem. Eles são modelados com detalhes suficientes e os ataques têm animações e efeitos visuais decentes. Mas para tudo que diz respeito à parte de exploração, a decepção está no ponto de encontro. Alguns efeitos de reflexo de lente aqui e ali e a presença de vastas paisagens arejadas salvam o dia de vez em quando, mas essa fachada só enganará os jogadores mais jovens ou iniciantes. Qualquer um que já tenha colocado as mãos em um belo jogo recente sentirá o retrocesso violentamente. Agora, cabe a você ver se a questão gráfica lhe parece importante ou não... e se você quer endossar ou sancionar essa filosofia de menor esforço!

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